sexta-feira, 20 de março de 2009

Nascimento de meninas x poluição

Eu já tinha ouvido falar dessa teoria, e vale a pena replicar aqui...

Nature destaca estudo de urologista brasileiro

Trabalho que relaciona os índices maiores de poluição ao nascimento de mais meninas, em SP, desperta interesse

Estudo desenvolvido pelo urologista brasileiro Jorge Hallak e sua equipe mereceu destaque na edição on line da revista Nature no último dia 21 de outubro.

O estudo destaca as evidências de que, na cidade de SP, o nível de poluição alto provoca o nascimento de mais meninas do que meninos. A poluição entra, assim, no rol dos eventos traumáticos que alteram as taxas de natalidade por sexo, como as guerras, os grandes desastres naturais, os ataques terroristas.

É como se a raça humana reagisse a estas ameaças gerando mais mulheres, maiores responsáveis por sua reprodução e manutenção, destaca Jorge Hallak.

Jorge Hallak é médico do Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e responsável pela seção de reprodução humana, infertilidade e função sexual da Sociedade Brasileira de Cancerologia.

Hallak e sua equipe dividiram a capital metropolitana de SP, onde vivem 17 milhões de pessoas, conforme os índices de poluição do ar: baixo, médio e alto. E, a partir de 2001 até 2003, analisaram os registros de nascimentos. Constataram que, nas áreas mais poluídas o nascimento de meninas chegou a 49,3%; nas menos poluídas, 48,3%.

Foram cerca de 1.180 bebês do sexo feminino a mais do que seria normalmente esperado, dentro dos padrões das áreas mais livres de poluição.

Hallak afirma que sua equipe encontrou evidências preliminares de que a poluição exerce seu efeito selecionando o esperma, isto é, alterando a proporção que carrega os cromossomos X ou Y.

Experimentos realizados com ratos mostraram que as parceiras de ratos expostos à poluição geraram mais ratos fêmeas do que seria esperado. “A poluição também reduziu a contagem do esperma nos ratos”, afirma Hallak.

O artigo completo da Nature pode ser lido no link: http://www.nature.com/news/2005/051017/full/051017-16.html

Fonte: Jornal da Ciência

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